Conheça as redes neutras e descubra por que elas são o futuro da banda larga!

Ao decidir ampliar a capacidade de atendimento, muitos provedores optam por construir uma nova rede de fibra óptica, ou mesmo ampliá-la. No entanto, altos investimentos são necessários e nem sempre há recurso disponível no caixa para isso. Uma ótima solução é usar o conceito de redes neutras. Por esse modelo de negócios, é possível sublocar uma estrutura já existente e reduzir os gastos de implantação.

Este artigo traz informações valiosas a respeito desse tema. Ao lê-lo, você entenderá melhor do que se trata esse novo modo de fazer parcerias e otimizar investimentos. Saberá porque é uma tecnologia que pode solucionar vários problemas urbanos atuais e conhecerá o panorama regulatório vigente no país sobre o assunto. Se você ficou interessado nesse conhecimento, deve continuar a leitura agora mesmo!

O que são as redes neutras?

O conceito de redes neutras remete à ideia de neutralidade. Mas o que isso quer dizer no mundo da infraestrutura de telecomunicações? Para responder a essa pergunta, podemos relembrar a forma como são montadas as torres de transmissão do sinal de telefonia móvel, as chamadas Estações Rádio Base — ERB. Nesse modelo, uma operadora é a dona da estrutura e as demais são locatárias.

Assim acontece com as redes neutras: um operador neutro detém os meios físicos de transmissão e aluga parte da capacidade de comunicação para outras empresas. Caso o dono da estrutura também atenda clientes sob o mesmo modelo de negócio, significa que essa locação será feita para seus concorrentes. Parece ilógico, não é mesmo? Mas tudo é perfeitamente explicável e se mostra altamente viável.

Esse modelo de negócio é promissor porque todos podem sair ganhando. Imagine que um pequeno provedor conecte seus clientes apenas por meio de rádio enlace. Em determinado momento, ele intenciona migrar para uma comunicação via fibra óptica, mas o investimento é alto demais para seu porte. Uma solução seria alugar parte do meio de transmissão de um operador neutro para entrar no mercado de banda larga.

Assim, o conceito de rede neutra se mostra a grande solução para interligar o Brasil de vez por meio de uma infraestrutura de comunicação rápida. Ao mesmo tempo que o operador neutro pode ter retornos financeiros pela sua estrutura, os locatários conseguem iniciar suas operações de fibra óptica sem despender grandes investimentos.

Qual é a importância dessa tecnologia na melhora da conectividade?

Existem diversos fatores por meio dos quais é possível comprovar a efetividade das redes neutras nos sistemas de telecomunicações. Acompanhe abaixo o detalhamento de dois desses aspectos.

Resolve problemas urbanos

Com a expansão das pequenas redes de fibra óptica por todo o país, um problema começou a apresentar-se e está ligado à ordenação do espaço urbano. Trata-se da quantidade em excesso dos cabos que ocupam os postes de energia elétrica. O ponto principal dessa problemática é que a ANEEL (agência que regula o setor de energia elétrica no país) estabelece que a distância mínima entre o cabo dos locatários é de 0,50m.

Sim, isso mesmo. Os postes são de propriedade das concessionárias locais de energia elétrica, e a passagem de cabos de telecomunicação se dá mediante projeto de locação. Porém, a capacidade de ocupação é limitada a cinco participantes. Como várias cidades têm muitos provedores de internet locais, a passagem de novas fibras ópticas se dá de forma clandestina.

A utilização de redes neutras poderia solucionar de vez esse problema. E a palavra é exatamente essa, solucionar, e não amenizar. Por conta da alta capacidade de transmissão de dados de uma fibra óptica, facilmente todos os provedores locais conseguiriam abrigar suas necessidades apenas sublocando uma infraestrutura. Trata-se de uma ocupação muito mais ordeira e racional.

Otimiza investimentos

Além da resolução de problemas urbanos, as redes neutras são a forma mais inteligente de otimizar os investimentos em infraestrutura. Nesse modelo de negócios, todos os envolvidos ganham, ou seja, é uma relação verdadeira de ganha-ganha. Se de um lado temos o operador neutro alugando capacidade de transmissão, do outro temos vários provedores que não conseguiriam oferecer o serviço de fibra óptica a seus clientes pela barreira financeira.

Também convém destacar o uso mais refinado de toda a capacidade que um meio como a fibra é capaz de oferecer. Quando cada provedor decide implantar sua rede, é normal que exista subutilização, pois não há demanda o suficiente para consumir todos os recursos. Nesse caso, fica caracterizada a ocorrência da capacidade ociosa, o que ajuda a depreciar o investimento realizado.

Com as redes neutras, isso não ocorre, já que apenas uma empresa fica responsável pela fibra e os demais participantes podem direcionar seus investimentos para a infraestrutura interna do provedor. Cabe destacar aqui que nenhuma fibra deve ser “estrangulada” com uma transmissão além de sua capacidade. O dimensionamento deve considerar a demanda pertinente para que a qualidade de acesso não seja comprometida.

Como se encontra o panorama regulatório atualmente?

Ainda não se tem na atualidade uma regulamentação especificamente voltada ao tema das redes neutras. Existe ainda a necessidade de delinear qual seria o campo de atuação de cada uma das agências reguladoras do país quando se fala do compartilhamento de estrutura em fibra óptica. A razão disso é porque, no ambiente urbano, as fibras usam postes, e essa é uma alçada da ANEEL, e não da ANATEL.

No entanto, o ato de compartilhar uma infraestrutura com outros operadores já é previsto pela Agência de Telecomunicações. É o caso do Decreto 10.480/2020, também conhecido como Lei das Antenas. Trata-se de uma revisão da Lei 13.116/2015 que orienta os participantes de uma rede sobre as normas de compartilhamento de infraestrutura.

Cabe ressaltar aqui que a ANATEL versa a respeito do uso mútuo de redes de qualquer espécie, seja via cabo metálico, estação rádio base ou redes de fibra óptica. Ainda que não exista uma regulamentação específica para o caso de provedores regionais que usam a mesma fibra, o tema está no radar da autarquia. Isso pode ser percebido pela consulta pública recém-lançada pelo órgão para ouvir a sociedade a respeito do tema.

As redes neutras podem representar o próximo nível no avanço dos sistemas de telecomunicações, não só no Brasil, mas no mundo inteiro. Existe um grande avanço no continente europeu, por exemplo, em relação a esse assunto. Casos de financiamento público de redes neutras são encontrados, bem como empresas com dedicação exclusiva a esse modelo de negócios. Contar com um parceiro do ramo é essencial para fazer uma boa implantação. Conte com a MK Solutions para prover auxílio em uma possível expansão.

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