O que é IPv6 e por que seu provedor precisa migrar?

Muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre o que é IPv6.

Para os provedores de internet, no entanto, esse assunto é muito comum, pois atualmente já há bastante dificuldade para encontrar endereços disponíveis na rede.

Muitos alegam que eles não existem mais e precisam usar NAT (até duas camadas) para prover o acesso aos seus clientes.

É exatamente sobre esse tema que fala o presente artigo. Nele, você encontrará informações a respeito do conceito desse novo protocolo de internet.

Caso você ainda não saiba do que estamos falando, haverá uma explicação a respeito. Em seguida, será apresentada a diferença com o IPv4, a versão anterior. Por fim, você conhecerá as vantagens de adotar este novo modelo!

Espero que seja útil para você!

O que é um protocolo IP?

Em uma rede de internet, os dispositivos presentes precisam se comunicar de forma adequada. Na verdade, esse é o princípio da rede mundial de computadores, pois sempre que alguém acessa um site, está estabelecendo uma conexão com outro computador que está localizado em alguma parte do planeta.

Para que isso seja possível, é necessário que uma requisição (ação de efetuar um acesso) atinja seu alvo de destino.

Com a enorme quantidade de computadores existentes na rede, seria fácil errar o caminho.

Para que isso não aconteça, os dispositivos precisam se comunicar por meio de um identificador único. Tem-se, então, o surgimento do protocolo de internet, ou internet protocol — IP — no idioma de origem.

Assim, podemos dizer que o protocolo IP é o grande responsável por realizar o endereçamento dos equipamentos conectados a uma rede de internet.

Pode ser um computador, tablet, um roteador ou mesmo um celular: todos eles precisam ter esse identificador para conseguirem fazer uma navegação na internet.

O que é IPv6?

Conforme a própria sigla remete, o IPv6 é um tipo de protocolo de endereçamento da internet. Contudo, para entendê-lo em sua plenitude, é necessário conhecer primeiro o conceito de seu antecessor, o IPv4. Enquanto o primeiro representa a sexta versão do protocolo IP, o último faz referência à quarta versão concebida muito tempo atrás — e coloque tempo nisso: o IPv4 foi implementado em plena década de 70!

Considerando os atuais avanços tecnológicos, podemos dizer que sua hegemonia durou bastante tempo. Sua necessidade de substituição vem do fato de que a quantidade de endereços disponibilizados por esse protocolo é muito baixa, de apenas 4 bilhões. A maior razão disso é que ele é baseado em uma combinação de 32 bits.

Assim, não é difícil perceber que esse número é insuficiente para a quantidade de dispositivos que temos hoje conectados à rede. Ainda mais com o surgimento de tecnologia como a internet das coisas (na qual um utensílio doméstico como uma geladeira pode se conectar à internet), esse número tornou-se altamente diminuto para as necessidades atuais.

É nesse cenário que surge o protocolo IPv6. Sua principal funcionalidade é ser capaz de gerar um número maior de endereçamentos disponíveis. Ele consegue, pois são nada menos que 340 undecilhões de possibilidades. Isso é possível porque o IPv6 é um protocolo com base em 128 bits, ou seja, 4 vezes maior que a base de cálculos do IPv4.

Não é apenas isso: devido ser uma tecnologia mais recente, o IPv6 já nasceu com a prerrogativa de corrigir falhas de segurança existentes no IPv4. Isso ocorreu porque esse último modelo não foi projetado para atender a internet tal como ela funciona hoje, além das novas aplicações que surgiram. Seria praticamente inevitável que um novo padrão de acesso se desse aos dispositivos conectados à internet.

Quais são as mudanças com a adoção do novo protocolo?

O IPv6 representa a evolução de seu parente mais próximo. Dessa forma, ele surge como solução para problemas acumulados ao longo de quatro décadas (já que o IPv4 foi lançado em 1970).

Além de proporcionar um número de endereços substancialmente maior, ele também tem outras vantagens. Acompanhe a seguir.

Velocidade

Curiosamente, esse aspecto em relação à comparação entre os dois protocolos de comunicação pela internet não apresenta grandes diferenças. Diversos testes já foram realizados e o resultado encontrado é que não há uma grande diferença no desempenho da transferência de dados quando os dois protocolos são colocados lado a lado.

Segurança

Já em relação à segurança, a diferença fica muito evidente.

Uma das razões que contribuem para o aumento da segurança é que o IPv6 já foi projetado originalmente para ter uma comunicação criptografada de ponta a ponta. Isso é especialmente útil para evitar ataques do tipo MitM, nos quais a mensagem pode até ser interceptada, mas não há como entendê-la.

Outro ponto considerável de diferenciação que diz respeito à segurança é que o protocolo IPv6 tem o protocolo de segurança IP pensado de forma nativa. Ou seja, ele já tem embarcado esse dispositivo extra de segurança já em sua concepção.

A finalidade do IPvSec (abreviação do protocolo seguro) é fazer com que um usuário possa ter sua identidade verificada, o que ajuda no banimento de fraudes.

Disponibilidade

Com a quantidade de possibilidades de geração de endereços IP, é praticamente impossível que haja esgotamento. O número realmente é finito, mas é extremamente grande: 340 undecilhões de endereços. Assim, é possível deixar de lado o uso de NAT’s nas redes internas, já que a preocupação de que não haja mais acessos disponíveis torna-se nula.

Dessa forma, as atualizações de endereçamentos podem ser feitas na medida que os equipamentos de rede passam por atualizações. Isso é possível porque os IP’s passam a ser reais.

Isso permite, inclusive, que um mesmo aparelho que tenha a funcionalidade de internet das coisas possa fazer parte de várias redes de forma simultânea, pois essa é a melhor forma de comunicação para dispositivos desse tipo.

Entender corretamente o que é IPv6 é o primeiro passo para que os provedores de internet sejam capazes de orientar seus clientes na resolução dos problemas relacionados ao esgotamento de endereços.

Isso tem especial relevância se considerarmos que os aparelhos mais antigos não suportam o novo protocolo e deverão ser substituídos. Para guiar você e seu provedor nessa jornada, a MK Solutions dispõe de soluções diferenciadas que serão capazes de lhe atender essa demanda!

Gostou do conteúdo? Então, solicite uma apresentação e conheça os diferenciais que podemos proporcionar ao seu provedor de internet!

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